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Cuba

Catedral de Havana: tudo o que você precisa saber antes de visitar

Catedral de Havana
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A Catedral de Havana não é apenas um belo cartão postal. É um dos locais imperdíveis que você deve visitar em sua viagem à capital cubana. Situada no coração de Havana Velha, esta joia arquitetônica foi testemunha de séculos de história, cultura e vida cotidiana. 

Aqui, vamos contar o que ver, quais os segredos que guarda e como pode aproveitar ao máximo a sua visita. Além disso, vamos descobrir outros edifícios emblemáticos da cidade, como o Capitólio de Havana, o Gran Teatro, o Castelo da Real Fuerza e alguns outros, para que não perca nada no seu passeio.

Mas antes de iniciar esta viagem, certamente vai querer saber o que levar numa viagem a Cuba.

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Catedral de São Cristóvão, em Havana: joia do barroco cubano

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A catedral, um dos maiores exemplos do barroco na América Latina, está localizada na famosa praça da Catedral. Os jesuítas começaram a construir a Catedral de Havana em 1748, mas ela só foi consagrada como catedral em 1789, após a expulsão da ordem. A fachada assimétrica — uma das mais fotografadas da cidade — foi feita com pedra coralina, onde ainda é possível ver restos de fósseis marinhos na superfície.

Ao entrar, você encontrará um ambiente sóbrio, mas imponente. Os altares laterais de mármore, os retábulos dourados e outros detalhes artísticos são realmente únicos. No entanto, um dos seus elementos mais marcantes é o piso de mármore preto e branco, trazido expressamente de Génova. Segundo relatos históricos, a Catedral de Havana abrigou por algum tempo os restos mortais de Cristóvão Colombo, antes de serem transferidos para Sevilha.

O edifício sobreviveu a furacões, reformas e até mesmo à revolução cubana. Hoje continua sendo um espaço ativo para o culto católico e um símbolo da cultura deste país. Visitar a Catedral de Havana não é apenas um exercício arquitetônico, mas também uma maneira de vivenciar a história da capital.

Segredos e lendas que você encontrará ao visitar a Catedral de Havana

O encanto da Catedral de Havana não se limita apenas à sua fachada e ao seu interior. Ao seu redor, há uma série de histórias e segredos mais do que interessantes. 

Uma das histórias mais conhecidas é a que, como acabamos de mencionar, afirma que os restos mortais de Cristóvão Colombo repousaram ali durante quase um século. Tanto é assim que, embora hoje se encontrem na Catedral de Sevilha, muitos turistas param em frente à capela onde supostamente estava seu túmulo. 

Outra curiosidade que salta à vista é a assimetria das torres. Quando estiver em frente à fachada da igreja, você perceberá que uma das torres é um pouco mais larga que a outra. Uma diferença que, na verdade, não foi um erro de construção, mas uma decisão arquitetônica com a qual se quis adaptar a estrutura ao terreno irregular e aos materiais disponíveis no século XVIII.

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De volta ao interior, artistas crioulos esculpiram colunas e figuras decorativas, misturando símbolos religiosos com referências da cultura local. Por último, recomendamos visitar a Catedral de Havana num domingo de manhã para assistir à missa com música coral e um ambiente único. 

Na praça da Catedral, você encontrará uma grande variedade de bares e restaurantes para experimentar alguns dos 10 pratos típicos de Cuba.

O Capitólio de Havana: joia do ecletismo na arquitetura cubana

O Capitólio de Havana é um dos edifícios mais conhecidos da cidade, tanto pela sua enorme cúpula dourada como pela sua semelhança com o Capitólio de Washington. Inaugurado em 1929 como sede do Congresso cubano, atualmente abriga a Academia de Ciências e parte da Biblioteca Nacional. 

Apesar de ser tão imponente, sua construção foi realizada em apenas 3 anos, com a participação de mais de cinco mil trabalhadores. O projeto é uma mistura de elementos neoclássicos, art déco e detalhes inspirados na Roma Antiga. O que mais impressiona é sua cúpula, revestida de folha de ouro, que atinge uma altura de 92 metros, sendo visível da maior parte da cidade. 

Um dos maiores tesouros do Capitólio de Havana é a estátua da República. Esta espetacular figura feminina representa toda a nação cubana. Como curiosidade, é a terceira maior estátua coberta do mundo, atrás apenas do Buda de Nara (Japão) e do Abraham Lincoln de Washington. 

Na entrada principal, você verá o quilômetro zero da rede rodoviária de Cuba, ponto a partir do qual são medidas simbolicamente todas as distâncias do país. Assim, uma visita ao Capitólio de Havana é imprescindível para conhecer a história política e cultural da ilha. Dê uma olhada no nosso post sobre viagem a Cuba de 10 dias e 15 dias: itinerários e rotas para preparar sua escapada.

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Segredos e lendas que você encontrará ao visitar o Capitólio de Havana

Muitos turistas ficam apenas pela vista exterior deste edifício. No entanto, é muito importante visitar o interior para descobrir coisas surpreendentes. 

Um dos seus elementos mais destacados é a existência de um diamante de 25 quilates incrustado no chão do Salão dos Passos Perdidos. Este diamante marca precisamente o quilômetro zero das estradas cubanas. No entanto, trata-se de uma réplica exata do original, já que este foi roubado na década de 1940 e devolvido anonimamente mais tarde. 

Outro dos recantos mais curiosos deste edifício é a escadaria principal. A estrutura é ladeada por duas enormes esculturas de bronze: o Trabalho e a Virtude Tutelar do Povo. Se você se posicionar no centro exato da escada e emitir um pequeno som, poderá ouvir um efeito acústico muito curioso devido à estrutura abobadada. 

Dentro do edifício da Catedral de Havana, construíram uma rede de túneis subterrâneos e salas fechadas ao público para os antigos legisladores. Alguns guias locais contam, durante a visita, histórias sobre essas passagens secretas e salas fundamentais durante a república, que não estão abertas aos turistas.

É importante lembrar que o acesso ao interior do Capitólio de Havana é possível através de visitas guiadas. Recomendamos reservar com antecedência, especialmente se você for na alta temporada. A verdade é que é uma visita que vale muito a pena, tanto pela sua arquitetura soberba quanto por outros detalhes mais do que interessantes.

Outros edifícios emblemáticos da Havana Velha

Junto à Catedral de Havana e ao Capitólio, o centro histórico desta cidade guarda outras joias de inestimável valor. Os três locais que lhe convidamos a conhecer a seguir resumem séculos de arte, cultura e vida urbana na capital cubana.

Para percorrer a cidade e conhecê-los, você pode encontrar ajuda no nosso guia sobre aluguel de carros em Cuba: dicas e onde alugar.

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Gran Teatro de La Habana Alicia Alonso

O Gran Teatro de La Habana Alicia Alonso é um dos centros culturais mais importantes da América Latina. Localizado em frente ao Parque Central e muito próximo do Capitólio, este edifício destaca-se pela sua grande fachada neobarroca e pela sua história ligada à dança e às artes cênicas em Cuba. 

O teatro foi inaugurado em 1838 com o nome de Teatro Tacón. No entanto, sua estrutura atual data de 1915, após uma reforma completa que o levou a abrigar o Centro Galego. Desde então, tem recebido espetáculos de ópera, balé, teatro e concertos de todos os tipos. Seu nome atual é uma homenagem à grande bailarina cubana Alicia Alonso, fundadora do Ballet Nacional de Cuba. 

O edifício abriga várias salas, sendo a mais importante e atraente a Sala García Lorca, com capacidade para mais de 1.500 pessoas. Além disso, no seu interior, poderá visitar exposições temporárias, esculturas e outros detalhes com mármores, figuras em ferro forjado, vitrais coloridos, etc. 

Se passar alguns dias na cidade, consulte a programação do teatro para assistir a alguma apresentação ou para desfrutar de uma visita guiada. Sem dúvida, você conhecerá outros segredos da riqueza cultural desta cidade.

Castelo da Real Fuerza

O Castelo da Real Fuerza, por sua vez, é um dos edifícios mais antigos de toda a América. Localizado na Praça de Armas, no coração da Havana Velha, foi construído pelos colonizadores europeus em meados do século XVI como fortaleza defensiva. No entanto, logo perderia essa função devido à sua distância do porto. 

Uma de suas características mais marcantes é a torre com a figura da Giraldilla, uma pequena estátua de bronze que simboliza a eterna espera de Inés de Bobadilla por seu marido, Hernando de Soto. Esta figura se tornou um dos símbolos de Havana, a ponto de aparecer até mesmo nos rótulos do rum Havana Club. 

Desde a sua construção, o castelo, de pedra imponente, teve vários usos: residência de governadores, arquivo, fortaleza defensiva. Atualmente, abriga o Museu da Navegação, um local muito curioso para os amantes do mar. Lá você poderá ver maquetes de navios coloniais, instrumentos náuticos antigos, exposições sobre a história naval de Cuba, etc. 

A visita a este castelo é altamente recomendável, especialmente se você se interessa pelo passado colonial da ilha ou deseja desfrutar de um espaço mais tranquilo e com belas vistas do porto e das muralhas originais de Havana.

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Palacio de los Capitanes Generales

O Palácio dos Capitães-Gerais (Palacio de los Capitanes Generales) é um dos edifícios coloniais mais importantes da Havana Velha. Também situado na Praça de Armas, ao lado do Castelo da Real Fuerza, foi construído entre 1776 e 1791 num estilo barroco cubano mais do que elegante. 

Durante mais de un século, este espaço foi a residência oficial dos governadores coloniais ou capitães-generais, daí o seu nome. Mais tarde, funcionou como sede da Câmara Municipal de Havana e hoje alberga o Museu da Cidade, um dos mais completos e melhor conservados de todo o país. 

O edifício em si impressiona quando se está diante dele. Suas colunas de pedra, pátios internos e pisos de mármore são um reflexo da riqueza colonial cubana. No museu, encontram-se os móveis originais do palácio, além de carruagens antigas, objetos pessoais de figuras históricas que passaram por aqui e outras salas com exposições sobre a história de Cuba. 

Como curiosidade, um dos recantos mais fotografados da cidade fica em frente ao palácio, na calle empedrada. O pavimento tem sua lenda, pois foi construído assim para proibir a passagem de cavalos e evitar que o governador fosse acordado durante seu descanso.

Passear pela Havana Velha é como abrir um livro de história. A Catedral de Havana, o Capitólio e outros edifícios como o Gran Teatro, o Castelo da Real Fuerza ou o Palácio dos Capitães-Gerais permitirão que você conheça a vida arquitetônica, cultural e social da cidade. Se você está preparando sua viagem, não se esqueça de reservar sua visita a esses lugares. Você não só admirará sua beleza, mas também compreenderá melhor a alma de uma cidade única. 

Se você quiser continuar explorando o país, também recomendamos descobrir o que ver em Santa Clara, Cuba, outra cidade fundamental para entender a história e o espírito revolucionário da ilha.

Perguntas frequentes sobre a Catedral de Havana: o que ver

Onde fica a Catedral de Havana e como chegar lá?

A Catedral de Havana fica na praça da Catedral. Você pode chegar facilmente a pé ou de táxi a partir de outros pontos da cidade. Fica muito perto da rua del Obispo e do Malecón, por isso é fácil incluir sua visita no passeio pelo centro.

Qual é o horário de visitação da Catedral de Havana?

A catedral costuma estar aberta de segunda a domingo, das 9h às 17h, embora os horários possam variar em função das celebrações religiosas ou feriados. Aos domingos pela manhã é celebrada uma missa, pelo que talvez seja melhor visitar durante a semana.

A entrada é gratuita ou é necessário pagar?

A entrada na Catedral de Havana é gratuita, embora algumas áreas específicas (museu, subida à torre ou certas capelas) possam ter um custo simbólico. Também é possível agendar uma visita guiada para conhecer o interior.

Quanto tempo é necessário para visitar a catedral?

A visita pode durar entre 20 e 40 minutos, embora tudo dependa do seu interesse ou se você faz o passeio por conta própria ou com um guia.

O que não posso perder ao visitar a Catedral de Havana?

Não vá embora sem contemplar bem a sua fachada, o interior em mármore preto e branco e a capela onde estiveram os restos mortais de Cristóvão Colombo.

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